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Google e outras empresas de tecnologia não são responsáveis pelo conteúdo terrorista.

Hoje, o Supremo Tribunal determinou que as empresas de tecnologia não podem ser responsabilizadas pelo conteúdo terrorista compartilhado em suas plataformas.

O processo, movido pela família de uma vítima de um ataque do ISIS em 2017, alega que o Twitter, Facebook e Google devem ser responsabilizados por permitir que a organização terrorista utilize suas plataformas para promover o terrorismo.

Entretanto, todos os membros do tribunal concordaram que o caso não poderia continuar.

No caso Twitter v. Taamneh, o juiz Clarence Thomas, em nome de todos os juízes, afirmou que as plataformas de mídia social não podem ser responsabilizadas quando indivíduos mal-intencionados as utilizam de maneira ilegal ou prejudicial.

O ponto levantado pela família da vítima, de que as empresas de tecnologia deveriam ser responsabilizadas pela alegada falha em impedir o ISIS de utilizar essas plataformas, não conseguiu estabelecer a conexão indispensável entre as empresas de tecnologia e o ataque terrorista para atribuir responsabilidade.

A Juíza Ketanji Brown Jackson concordou brevemente com a opinião do tribunal, salientando que esta era limitada em certos aspectos importantes. Ela indicou que em casos distintos, com alegações e registros diversos, poderiam surgir conclusões diversas.

Consequências do processo Gonzalez v. Google

Depois que o Twitter tomou sua decisão, a Suprema Corte analisou o caso de Gonzalez contra o Google, um processo movido pela família de Nohemi Gonzalez, uma jovem americana de 23 anos que faleceu no ataque do ISIS em 2015 em um café em Paris.

A família Gonzalez afirmou que o Google, ao possuir o YouTube, facilitou o recrutamento do ISIS, ao permitir que o grupo terrorista compartilhasse vídeos na plataforma que incentivavam atos violentos e buscavam atrair novos integrantes.

A família também disse que os algoritmos do Google sugeriram vídeos do ISIS para os usuários.

O Tribunal de Apelações do 9º Circuito dos EUA havia decidido anteriormente que a Seção 230 da Lei de Decência das Comunicações de 1996, que isenta as empresas de tecnologia da responsabilidade pelo conteúdo postado pelos usuários, também protege essas sugestões.

Entretanto, considerando a decisão do Twitter, a Suprema Corte anulou tal julgamento e encaminhou o caso para uma nova avaliação.

O tribunal optou por não tomar uma decisão sobre a extensão da Seção 230, indicando que este assunto seria mais adequado para ser tratado pelo Congresso ou em uma situação futura.

Alguns congressistas têm uma forte opinião sobre a reforma da Seção 230, argumentando que ela proporciona muita proteção para as grandes empresas de tecnologia.

O gabinete do senador Mark Warner, que é um crítico ativo e defensor de mudanças na Seção 230, emitiu uma declaração ao Search Engine Journal sobre a resolução do caso Gonzalez v. Google.

Ele descreve a Seção 230 como ultrapassada e obsoleta, alegando que funciona como um “Passe Livre da Prisão” para corporações de grande porte.

Por um longo tempo, tenho defendido a necessidade de o Congresso agir para abordar a proteção ampla que a Seção 230 concede às empresas de tecnologia. Esta lei desatualizada já não é mais útil e tem permitido às maiores empresas de plataformas escaparem das consequências, já que seus sites são usados por fraudadores, intimidadores e extremistas violentos.

O senador Warner enfatiza que não interpreta a reforma da Seção 230 como um convite para a imposição de grandes responsabilidades legais às empresas de plataforma.

Modificar a Seção 230 não implica que as plataformas serão imediatamente alvo de grandes processos judiciais por responsabilidade; as pessoas prejudicadas ainda terão que apresentar provas de seu caso perante um tribunal.

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Esses exemplos ressaltam a discussão em andamento sobre a responsabilidade das empresas de tecnologia na regulação do conteúdo produzido pelos usuários e até que ponto elas podem ser responsabilizadas por conteúdos prejudiciais compartilhados em seus meios de comunicação.

As recentes decisões do Supremo Tribunal sugerem que, atualmente, é preciso estabelecer uma conexão direta entre as atividades das empresas de tecnologia e os atos de terrorismo para determinar a responsabilidade legal.

Entretanto, as observações do tribunal indicam que cenários diversos poderiam levar a desfechos distintos.

Origem das informações: Suprema Corte dos Estados Unidos da América.

A imagem principal foi criada pelo autor utilizando a ferramenta Midjourney.

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