OpenAI está pensando em criar uma espécie de loja de aplicativos para o ChatGPT.

Segundo um relatório da The Information, a OpenAI, responsável pelo ChatGPT, está pensando em desenvolver um mercado para modelos de inteligência artificial.
Essa loja virtual de inteligência artificial permitiria que as empresas adquirissem e vendessem bots personalizados feitos sob medida para atender necessidades específicas.
O intuito é tornar os chatbots avançados mais eficazes em diferentes setores.
As organizações têm a possibilidade de empregar esses chatbots em diversas situações, como por exemplo, para oferecer respostas imediatas a perguntas específicas do ramo utilizando informações recentes.
Possíveis concorrências e chances de crescimento.
Os boatos do mercado indicam que a OpenAI poderia rivalizar com seus parceiros atuais, como Salesforce e Microsoft, que têm suas próprias lojas para comercializar chatbots de IA desenvolvidos com a tecnologia da OpenAI.
Entretanto, a possibilidade de criar seu próprio mercado poderia possibilitar que a OpenAI disponibilize suas ferramentas para um número maior de clientes e obtenha uma vantagem em relação às empresas de inteligência artificial Anthropic e Cohere.
O movimento ressalta as possíveis disputas que podem surgir entre colaboradores de tecnologia ao se tornarem rivais.
Enquanto a inteligência artificial estiver em desenvolvimento, a empresa startup pode considerar vender suas ferramentas diretamente, em vez de depender de empresas como a Salesforce e a Microsoft para expandir seu alcance, o que resultaria em maior lucratividade.
A notícia menciona que o executivo-chefe Sam Altman informou os programadores sobre os planos para criar um mercado de inteligência artificial, no entanto, a companhia afirma que atualmente não está trabalhando ativamente nesse projeto.
Preocupação inicial com um ChatGPT na loja de aplicativos.
Mesmo em estágio inicial, o mercado sugerido pela OpenAI despertou o interesse de duas empresas – Aquant e Khan Academy.
A empresa Aquant utilizou o chatbot ChatGPT da OpenAI, adaptando-o com base em informações provenientes de tickets de suporte ao cliente e sugestões dos colaboradores, a fim de auxiliar os clientes com reparos em dispositivos.
A Aquant disponibiliza atualmente um chatbot personalizado nas plataformas Salesforce AppExchange e ServiceNow Store, e também está avaliando a possibilidade de explorar o mercado OpenAI para expandir sua base de clientes.
Khan Academy, uma entidade sem fins lucrativos dedicada à educação, criou sua própria variante do ChatGPT chamada Khanmigo, com o intuito de servir como um tutor de inteligência artificial para professores e alunos.
A Khan Academy ajustou o chatbot com base no conteúdo de seus materiais de preparação para testes e cursos acadêmicos, e implementou filtros para prevenir fraudes e assegurar respostas apropriadas durante as aulas.
A organização está explorando possibilidades de disponibilizar Khanmigo de forma mais abrangente, possivelmente por meio de uma loja da OpenAI.
Ensinos provenientes de ações anteriores.
No começo deste ano, a OpenAI disponibilizou extensões do ChatGPT que possibilitam aos usuários se comunicarem com plataformas como OpenTable, Shopify ou Expedia.
Entretanto, essas extensões não ganharam popularidade, o que ressalta a importância de investir mais em desenvolvimento de produtos e estudos de mercado.
Para que uma loja de aplicativos de inteligência artificial seja bem recebida por clientes empresariais, a OpenAI precisa oferecer uma solução prática e útil para setores como varejo, finanças, saúde e outros.
A loja de aplicativos precisa ser capaz de realizar funções essenciais, se integrar com os sistemas já em uso pelas empresas e agregar valor aos negócios para ser uma escolha preferencial em relação a outras opções já consolidadas.
Em resumo
A OpenAI poderia ser tentada por uma chance de gerenciar a distribuição e venda de sua tecnologia.
Entretanto, a implementação antecipada de um mercado de inteligência artificial em grande escala poderia resultar na dispersão de parceiros comerciais importantes e afastados, comprometendo relacionamentos cruciais.
Para uma empresa que deseja consolidar sua posição no mercado, pode ser mais estratégico aprimorar seu produto principal antes de investir na criação de um novo meio de distribuição.
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